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Maricultura Familiar Solidária

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Ostreicultura Metodologia "Troncho" de Gestão Ostreicultora Sustentável. Por Gabriel Macedo. Fotografias: Projeto MarSOL? - 2006.

Após anos de dificuldades com a implementação do cultivo de ostras na costa do Nordeste do brasileiro, maricultor da Região de Taperoá - Bahia, alcança resultados impressionantes.

Há muitos anos a Universidade Federal da Bahia (UFBA), em parceria com diversos orgãos internacionais (a exemplo do acordo internacional de cooperação com o Governo Canadense - BMLP, Brazilian Mariculture Linkage Program), vem tentando desenvolver o cultivo de Ostra - designado por ostreicultura - na Região do Baixo Sul da Bahia. Visando estimular uma alternativa de geração de renda para trabalhadoras/es do mangue e do mar que vêm sofrendo com a crescente pressão coletora, seja para fins industriais ou de subsistência, nos estoques naturais do ambiente.

O ostreicultor Antônio XXXXX (primeiro da esquerda na foto), mais conhecido como "Seu Troncho" ou "Tacanho", utilizando técnicas simples em um cultivo artezanal, conseguiu por fim a uma série de impedimentos técnicos, pesquisados durante anos, que dificultavam a consolidação da ostreicultura.

Utilizando um aparato de produção em "cordas" com "lanternas" fixadas e com base na criatividade popular, "Seu Troncho" passou a povoar as "lanternas" após 3 meses de uma fase de acondicionamento inicial das "sementes" (filhotes de ostras). Criando um modelo de seleção de ostras que reduz as perdas verificadas na fase de engorda do animal, a maior responsável pela ineficiência do ciclo produtivo. Contrariando assim os modelos antes propostos em experimentos testados, por diversos pesquisadores brasileiros e canadenses.

Como se não bastasse a ousadia inicial, ele também resolveu não limpar as "cordas" da estrutura produtiva. Fazendo com que se amontoasse de forma surpreendente uma quantidade inimaginável de sururu (um pequeno marisco de pouca relevância econômica na região). Mas que, mesmo com um baixo valor, auxilia um outro problema técnico - que se instalava pelo movimento da maré e das correntes marinhas - que era o pouco peso da estrutura. Pela falta de peso as ostras demoravam a fixar-se nas lanterna e retardavam a alavancagem da produção. Com a utilização do sururú como auxiliar balanceador do peso total da estrutura, esses problemas foram dirimidos. E ainda servem de renda extra nos períodos de alta-estação, quando o valor deste marisco apresenta uma elevação.


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